Veja resumo e fotos dos desfiles das escolas de samba do Rio

da Redação
com UOL Entretenimento

A grande campeã do Carnaval carioca será conhecida nesta quarta-feira, a partir das 15h, e você poderá acompanhar a apuração ao vivo no placar do BOL.

Veja a seguir como foram os desfiles das duas noites no Rio de Janeiro.

São Clemente

Campeã do Grupo de Acesso, a São Clemente abriu o carnaval carioca deste ano com um enredo sobre a cidade do Rio de Janeiro. A escola mostrou com muito humor vários aspectos típicos dos cariocas, como o estilo "sarado", a boemia e a malandragem, assim como problemas crônicos da cidade, como as enchentes, retratada em um bote salva-vidas que fazia o papel de Arca de Noé.

Imperatriz Leopoldinense

A segunda escola da noite entrou na Sapucaí com um enredo sobre a saúde, pouco após tomar um pequeno susto com o princípio de incêndio no carro abre-alas. O fogo foi debelado rapidamente e não afetou em nada a alegoria e o andamento da escola, que fez um bonito desfile com as criações do carnavalesco Max Lopes.

Já na comissão de frente, a novidade ficou por conta de "doutores da alegria" que abriam macas que se transformavam em camas elásticas, usadas em acrobacias. A escola também inovou com a bateria, que incorporou berimbaus às paradinhas.

À frente da ala de ritmistas, Luiza Brunet esbanjava energia em sua 27ª passagem pela Marquês de Sapucaí, sem mostrar sinal de que deixará o posto tão cedo.

Portela

A tradicional escola azul e branca teve que superar o trauma do incêndio de 7/2, que destruiu cerca de 3.000 fantasias, e problemas com dois carros alegóricos na concentração para fazer um desfile de alto nível na Sapucaí.

A Portela iniciou o desfile com a passagem da velha guarda, reforçada pelo jogador Ronaldinho Gaúcho, o que contagiou o restante da escola. Outro destaque foi para a bateria, que desfilou com 300 componentes (entre os quais, o prefeito da cidade, Eduardo Paes) cobertos por roupas refeitas após o incêndio no barracão. Sem ter a obrigação de impressionar jurados, ficou a impressão de que a escola ficou mais próxima de um título do que de um eventual rebaixamento, o que não ocorrerá neste ano devido a alteração no regulamento.
 

Unidos da Tijuca

Aos gritos de “é campeã”, a Unidos da Tijuca iniciou o desfile na Marquês de Sapucaí com o enredo "Esta Noite Levarei sua Alma", de Paulo Barros. Mais uma vez, a escola apostou  na inovação e no ilusionismo. Logo na entrada da escola, integrantes da comissão de frente -que se apresentaram sobre uma lápidce de 5 metros de altura- arrancavam suas cabeças dos corpos, para "horror" do público das arquibancadas.

Durante o desfile, carros homenagearam filmes como "Avatar", de James Cameron e "Tubarão e o personagem Indiana Jones. O cineasta José Mojica Marins desfilou junto com a filha, a atriz e diretora Lis Marins, a Liz Vamp. No final,a escola teve de correr um pouco para terminar sua apresentação, devido a um problema com a saída de um carro na dispersão. Apesar disso, a escola conseguiu cumprir o tempo dentro do tempo limite.

Vila Isabel

Penúltima escola a se apresentar na Marquês de Sapucaí, a Vila Isabel iniciou sua apresentação com um pneu furado no segundo carro, logo na entrada da avenida. Cerca de 10 homens foram mobilizados para ajudar a empurrar a alegoria ao longo de todo o desfile, em que a carnavalesca Rosa Magalhães falava sobre cabelos no enredo "Mitos e Histórias Entrelaçadas Pelos Fios de Cabelo".

A estrela do desfile da Vila Isabel foi a modelo Gisele Büdchen, que causou grande tumulto na entrada do sambódromo e saiu no como Vênus no último carro da escola. Apesar da letra do samba bem decorada, a modelo deixou a deixou a desejar em termos de samba no pé: em cima do carro, a modelo apenas balançou o corpo e acenou para a arquibancada.

Mangueira

Debaixo de chuva, a Mangueira foi a última escola a desfilar na primeira noite do Grupo Especial, com enredo que prestava homenagem ao compositor Nelson Cavaquinho. Antes do desfile, a concentração da escola foi marcada por uma confusão com o posicionamento dos integrantes da bateria e um pronunciamento do ator Milton Gonçalves, que emocionou os integrantes da escola e boa parte do público das arquibancadas.

Com um desfile emocionante, a escola evoluiu sem erros. Um dos destaques da noite foi o retorno da cantora Beth Carvalho no carro alegórico que representava o bar Zicartola, ao lado do compositor Sérgio Cabral e de uma escultura em tamanho real de Nelson Cavaquinho. A Mangueira terminou seu desfile já sob a luz do dia.

Imperatriz Leopoldinense

A segunda escola da noite entrou na Sapucaí com um enredo sobre a saúde, pouco após tomar um pequeno susto com o princípio de incêndio no carro abre-alas. O fogo foi debelado rapidamente e não afetou em nada a alegoria e o andamento da escola, que fez um bonito desfile com as criações do carnavalesco Max Lopes.

Já na comissão de frente, a novidade ficou por conta de "doutores da alegria" que abriam macas que se transformavam em camas elásticas, usadas em acrobacias. A escola também inovou com a bateria, que incorporou berimbaus às paradinhas.

União da Ilha

Uma das três escolas atingidas pelo incêndio na Cidade do Samba, a agremiação da Ilha do Governador entrou na Marquês de Sapucaí ao som do "Parabéns pra você" e comemorou 58 anos com um grande bolo, que foi distribuído entre os espectadores do setor 1 do sambódromo, o mais popular. Um carro e milhares de fantasias tiveram de ser reconstruídos e, a quarenta minutos de entrar na avenida, aderecistas ainda montavam a forração do carro da comissão de frente, chamado "Árvore da Vida". Ainda assim, a União da Ilha deu mostra de superação e de alegria para mostrar o enredo "O Mistério da Vida", baseado em Darwin, com um bom desfile.

Salgueiro

O tema era cinema, a organização era enorme e o orçamento milionário - pelo menos R$ 10 milhões, contando com R$ 3 milhões de patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro. Ainda assim, a Salgueiro foi atrapalhada pelo tamanho exagerado de três carros e princípio de incêndio numa quarta alegoria. Com isso, a escola teve sua evolução prejudicada e acabou saindo da Marquês de Sapucaí com 10 minutos de atraso, totalizando 92 minutos de desfile (o tempo máximo regulamentar é de 82 minutos) e penalização.

A bateria da escola, trajada com fardas de soldados do Bope, foi uma das alas mais prejudicadas, e teve que abrir mão do recuo para não atrasar ainda mais a escola. Apesar dos problemas, a escola empolgou a avenida, principalmente pelo bom samba cantado pelo puxador Quinho, muito cantado pelo público da Sapucaí.
 

Mocidade Independente

Com o samba-enredo “Parábola dos Divinos Semeadores”, a Mocidade foi buscar nas lendas ligadas ao campo a origem do próprio Carnaval, e se valeu de um samba de letra fácil para cativar o público com uma apresentação competente.

Muito colorida, a escola de Padre Miguel utilizou fantasias inusitadas. Na comissão de frente, dois anões pajeavam uma bailarina, enquanto outros 13 componentes evoluiam sobre patins. Logo depois, o carro abre-alas "Era Glacial" fez nevar na Sapucaí, graças a efeitos com sal e gelo seco, para depois mudar totalmente de visual no período de "renascimento" da vida.

Ao final do desfile, a escola se viu prejudicada na dispersão, devido aos carros quebrados da Salgueiro, escola do desfile anterior, que ainda estavam no local.

Grande Rio

Em reverência a Florianópolis, a Grande Rio, como se já não bastasse ser a escola mais afetada pelo incêndio na Cidade do Samba, ainda teve de enfrentar outro obstáculo para seu desfile este ano: uma chuva torrencial.

Apesar de atrapalhar a evolução dos passistas - a apresentadora Ana Hickmann chegou a levar um tombo na passarela -, o tom do desfile foi de superação, inclusive com algumas alas desfilando sem fantasia, já que a escola teve menos de um mês para refazer as alegorias. "Para quem superou um incêndio, essa chuva não é nada", declarou Cahê Rodrigues, carnavalesco da escola.

Porto da Pedra

O enredo da Porto da Pedra homenageou Maria Clara Machado, e trouxe para a avenida um desfile bem comportado, com temática infantil, passistas com muita roupa e cheiro de

bolo na avenida, exalado pela alegoria "Maroquinhas". No alto do carro, Geisy Arruda não continha as lágrimas na sua estreia no Carnaval do Rio de Janeiro.

No final do desfile, um susto: o piso escorregadio da Marquês de Sapucaí, resultado da chuva e do vazamento de óleo de um dos carros da escola, dificultou a passagem da agremiação na dispersão e fez com que vários integrantes da escola caíssem na avenida, causando problemas também para a escola seguinte, a Beija-Flor.

Beija-Flor

Com o enredo "Roberto Carlos: A Simplicidade de um Rei", a Beija-Flor encerrou os desfiles do Carnaval 2011 no Rio de Janeiro. O cantor, que revelou ansiedade e nervosismo pela homenagem, teve todas as fases de sua vida mostradas no desfile, e surgiu no último carro da escola, que retratava seu lado religioso.

Em um desfile tecnicamente perfeito, que terminou sob a luz do dia, a Beija-Flor conseguiu empolgar de maneira diferenciada o público da Marquês de Sapucaí, credenciando-se como forte candidata ao título deste ano. Ao final do desfile, ainda na avenida, Roberto Carlos declarou que a homenagem da escola foi uma das maiores emoções da sua vida.