16/02/2010 - 04h16 | do UOL Carnaval
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Da Redação
A vida e a obra de Noel Rosa e o Rio de Janeiro dos anos 1930 foram ambientados na Marquês de Sapucaí no desfile da Vila Isabel. O samba-enredo “Noel: A Presença do Poeta da Vila” foi composto por Martinho da Vila, que também desfilou na escola.
Sambistas de terno branco, camisa azul e violões em mãos encenaram a boemia carioca da época em que Noel viveu. Os instrumentos viraram mesas de bar e mulatas. Para a surpresa do público, foram arrastados por rodinhas no chão na direção de cada um dos dançarinos.
Julinho e Rute, primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, representaram o Cometa Halley, que passou próximo à Terra em 1910, ano em que o homenageado nasceu.
O abre-alas foi formado por dois carros acoplados que, juntos, formaram a cauda de um cometa. Com alegorias douradas, o carro trouxe a figura de anjos tocando violões e uma coroa, símbolo da escola, no centro.
O carro "Bando de Pássaros" representava o "Bando de Tangarás", grupo que Noel passou a integrar em 1929, ao lado de João de Barro (o Braguinha), dando início à sua carreira de cantor popular.
O carro "O Morro Tem Vez" era em formato de pandeiro, com mulatas e malandros dançando no alto, e tinha um cenário com casario de uma favela. Conforme a estrutura se movimentava, se transformava em um tambor. De cima, era possível ver a figura de Noel desenhada na alegoria.
Em diversas alas, os componentes desfilaram simulando tocar algum instrumento: cuíca, violão ou repique. Os passistas foram retratados em uma ala em que os componentes se organizaram em pares e se vestiram com roupas típicas dos anos 1930.
A ala "Bloco Faz Vergonha" representava o bloco de rua que Noel Rosa desfilava, em que frequentava com roupas irreverentes - dizem até que foi esse bloco que influenciou na composição "Com que Roupa Eu Vou", que seria retratada em uma ala que veio depois, com componentes vestidos de terno colorido e um ponto de interrogação no lugar das cabeças.
Os ritmistas da bateria "Swuinguera de Noel" estavam carcterizados como "Os Reis da Noite", com fantasias em branco e azul que, sob a luz neon, brilhavam. A noite boemia também foi tema de um carro alegórico, decorado com dados, uma estátua de rei de baralho e uma mesa de sinuca no centro da alegoria.
O Teatro de Revista, a indústria fonográfica, o cinema e o rádio foram retratados em alas e carros alegóricos no desfile da Vila Isabel. A ala "Disco", por exemplo, trouxe componentes da escola com um vinil em torno do pescoço. A relação de Noel com o cinema foi lembrada na ala "Pierrot Apaixonado", nome do filme que teve como trilha sonora canções de Noel.
Um Frankenstein de sete metros chamou a atenção entre as alegorias da escola. De cor verde, a escultura representou um episódio polêmico da vida de Noel Rosa. O cantor Wilson Batista ridicularizou a aparência física do colega em sua canção "Frankenstein da Vila".
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