16/02/2010 - 12h31 | do UOL Carnaval
GUILHERME GATIS
Colaboração para o UOL, do Recife
Quando se apresentou no Marco Zero, no último Domingo, Otto comentou que o Carnaval de Pernambuco poderia ser muito cruel. "Não é justo termos que escolher entre Recife e Olinda, entre os shows e as ladeiras. Você ganha uma coisa, mas perde outra". No entanto, não é preciso comparar as duas cidades para ter esta dúvida. O Carnaval do Recife, com seus 26 polos de animação, deixa muito folião sem saber para onde ir.
Cantora Ceu se apresenta no Rec Beat durante o Carnaval de Recife (15/02/2010)
Ontem os paulistas Céu e Arnaldo Antunes tocaram em palcos diferentes ao mesmo tempo. A diva alternativa da música popular brasileira começou seu show no Festival Rec-beat por volta das 0h40. Já o ex-Titãs subiu ao palco montado no Pátio de São Pedro por volta de 1h20. Dois grandes artistas que lançaram discos premiados em 2009 ("Vagarosa", de Céu, e "Iê Iê Iê", de Antunes) separados por uma ponte e a dúvida - acompanhar qual deles?
O show de Céu teve ares de sofisticação, com o flerte entre a música jamaicana e o samba, um contraponto de calmaria e contemplação para os massacrantes três dias de folia. A cantora, com uma rouquidão leve, charmosa, que só era perceptível quando conversava com o público, fez um show intenso e lento, como são as músicas do seu segundo álbum, "Vagarosa".
Anelis Assumpção participou da primeira parte do show. Juntas, elas cantaram "Bubuia", um dos destaques do "Vagarosa". Outro convidado especial foi o trompetista Guizado. O músico tocou a bela "Nascente", de autoria do pernambucano Siba Veloso. Antes de interpretar "Cangote" a cantora fez questão de dedicar a canção ao baterista carioca Gigante Brasil, que faleceu em 2008 e colaborou com a cantora.
Jovem Guarda
Além da ponte Maurício de Nassau, entre o Paço Alfândega, onde foi realizado o Rec-beat, e o Pátio de São Pedro, há a avenida do Carmo, onde as escolas de samba do grupo especial do Recife desfilavam. O obstáculo retardou a chegada no show de Arnaldo Antunes; provavelmente músicas como "Vem Cá" e "A Casa é Sua", destaques do "Iê Iê Iê", foram tocadas na primeira parte da apresentação.
Na segunda parte do show Arnaldo Antunes, acompanhado pelo inspirado Edgard Scandurra, ex-guitarrista do Ira!, intercalou canções do novo disco com versões em pegada roqueira para músicas de Luiz Melodia, Bob Marley e Odair José. O palco pequeno e a proximidade com o público deixaram a banda muito à vontade - apesar do som apresentar alguns problemas técnicos, dava para sentir a sintonia do público com os músicos, visivelmente satisfeitos. Ficou a sensação de que o show do Arnaldo merecia ser visto por um público maior.
Antes do bis, Scandurra e sua guitarra transformaram o samba "Vou Festejar" em um rock contagiante. A banda ainda tocou "Socorro", com direito a coro da platéia e fechou o show com o hit "Invejoso", em ritmo de marchinha. Final feliz para uma noite que foi, ao mesmo tempo, vagarosa na voz doce de Céu e eletrizante, nervosa, na voz grave de Antunes e na guitarra de Scandurra.
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