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Filhas de Ghandy desfila esta segunda (15) mantendo tradições do bloco

Patrícia Stavis / Folha Imagem

A cantora Maria Bethânia já participou de álbum do bloco Filhas de Ghandy

Colaboração para o UOL, em Salvador

Em uma festa com músicas, danças e coreografias com apelo sexual, duas entidades que possuem a mesma origem ainda mantêm uma “discriminação” entre os seus associados durante o Carnaval de Salvador: os Filhos e as Filhas de Gandhy.

Fundado em fevereiro de 1949 por estivadores, os Filhos de Gandhy, que neste domingo (14) foram às ruas com 8.500 integrantes, não aceitam mulheres entre os seus foliões. “A tradição [de manter apenas homens entre seus sócios] vem da época da criação do bloco, quando pouquíssimas mulheres trabalhavam nos portos brasileiros”, disse o historiador Lucas Vieira, 45.

Três décadas depois surgiram as Filhas de Gandhy. “As namoradas, mulheres e até mesmo as amantes queriam acompanhar os seus parceiros nos Filhos de Gandhy, mas eram proibidas. Então surgiu a ideia de montar um bloco exclusivamente para atender as mulheres não se conformavam com a situação”, disse Joana Ribeiro de Jesus, 27, que vai desfilar pelo décimo ano consecutivo nas Filhas de Gandhy.

Pela programação oficial, o bloco faz a sua primeira participação no Carnaval de Salvador nesta segunda-feira (15), no circuito Barra-Ondina (orla). Na terça (16), as Filhas de Gandhy saem do Pelourinho (centro histórico), com destino ao Campo Grande (centro), a principal passarela da folia baiana.

Em relação ao bloco fundado pelos estivadores do porto de Salvador, as Filhas de Gandhy apresentam números bem mais modestos -- são cerca de 1.100 associadas, mas nem todas costumam comparecem aos desfiles. “Aos poucos a resistência está sendo quebrada, mas o fato é que as mulheres preferem participar de blocos mistos porque, normalmente, elas têm parceiros ou estão à procura de alguma aventura durante a festa”, contou a médica Lidiane Martins, 31, que desfilou há três anos com o grupo.

Assim como os Filhos de Gandhy, que iniciam as suas apresentações com um ritual de purificação, as Filhas de Gandhy também têm na religiosidade um princípio básico. “Frequentamos terreiros de candomblé, vamos à missa, participamos de cultos evangélicos. Então, as orações fazem parte de nossas vidas”, disse a funcionária pública Elma Santana, 31, que desde 2004 sai com o grupo.

O engenheiro Ricardo Amorim, 36, que desfilou neste domingo nos Filhos de Gandhy, promete acompanhar a apresentação das “meninas” nesta segunda-feira. “Além de minha namorada, que vai desfilar, o bloco tem uma cadência espetacular”, afirmou. “A batida dos atabaques e tambores da banda Filhas de Gandhy é uma das coisas mais bonitas do Carnaval de Salvador.”

 

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