18/02/2010 - 13h47 | da Folha Online
A comissão de Carnaval de São Paulo realizou uma reunião na tarde de quarta-feira (17) e abriu um processo para decidir quais punições que as escolas de samba Gaviões da Fiel e Imperador do Ipiranga sofrerão após seus dirigentes arremessaram cadeiras contra os mestres de cerimônia durante a apuração da escola campeã, realizada na última terça-feira (16).
O contrato assinado entre a SPTuris e as escolas de samba para o Carnaval de 2010 prevê na cláusula 15.3 penalidade em caso de comportamento inadequado dos integrantes das escolas.
O processo foi instaurado após quatro membros da comissão de Carnaval analisarem as imagem gravadas pelas câmeras de televisão. De acordo com Luiz Sales, assessor de projetos estratégicos da SPTuris, os integrantes da Imperador do Ipiranga protestaram antes dos dirigentes da Gaviões.
Das penalidades previstas estão o recebimento de advertência, multa de 5% do valor que a escola recebeu da prefeitura; suspensão por dois anos; declaração que não podem participar de projetos em parceria com a prefeitura; e devolução de toda verba recebida dos órgãos públicos para realização do Carnaval.
"Estamos mandando hoje para as agremiações uma correspondência sobre o ocorrido. Eles têm garantido o direito de defesa", afirmou Sales. Segundo ele, as escolas tem até dez dias para responderem à convocação.
Uma reunião foi realizada na manhã desta quinta-feira entre a PM, presidentes da Liga, Superliga das escolas de samba, CET, Guarda Civil, representantes da Gaviões da Fiel e da Mancha Verde, na sede da São Paulo Turismo. Por causa do receio de confronto entre os torcedores das duas agremiações, foi definido que a Gaviões abrirá os desfiles e se apresentará antes da Unidos do Peruche e Nenê de Vila Matilde.
Outro lado
Procuradas, as escolas de samba disseram que ainda não tinham conhecimento sobre a abertura do processo e negaram qualquer tipo de violência física.
Jamil Jorge, presidente da Imperador do Ipiranga, condenou qualquer tipo de agressão e disse que um componente da escola teve um reação inesperada, mas não viu ninguém da agremiação jogando nenhum objeto.
"Se o Anhembi não tem uma gestão transparente em relação ao Carnaval, a coisa acaba complicando em todos os ângulos, porque está sendo um flagrante não só pela imprensa especializada, mas por pessoas ligadas a outras escolas, o quanto a Imperador foi injustiçada", justificou Jorge.
O presidente da Gaviões da Fiel, Eduardo Fontes, disse que apenas um membro ficou chateado e chutou uma cadeira após a divulgação da nota da bateria e que apenas os torcedores na arquibancada teriam jogado objetos, mas a agremiação tentou conter o ato de violência. Os demais dirigentes teriam xingado o júri, que não estava presente.
A escola também protestou contra as notas recebidas nos quesitos enredo "Mais uma vez fomos perseguidos pelo preconceito devido ao time de futebol. Todas as escolas que homenageiam os centenários dos clubes são penalizadas".
BOL Notícias - Carnaval Chateada com a RedeTV!, Monique Evans diz que não apresentará mais o "Gala Gay"
17h03Agência Estado Beijo entre mulheres em bloco de Carnaval causa tumulto no Rio
09h00Agência Estado Carnaval 2010: Unidos da Tijuca dá novo show na avenida
16h30BOL - Notícias - Entretenimento Ivete Sangalo pede desculpas por comentários da irmã sobre Claudia Leitte
16h42BOL Notícias - Carnaval Insatisfeita com merchans, Globo interfere no desfile de duas escolas
20h19